Pingantes à borda do mar
Escorrem pingantes das grades da minha varanda.
Foi-se o sol e veio o trovão.
Raios de luz faíscam no céu.
As gaivotas corridas tentam a sorte mesmo à bordinha das ondas.
Da praia debandaram as gentes que esperavam um fim de semana em grande.
Os banheiros à chuva recolhem as cadeiras-espaldares.
Lavados reluzem os carros parados no parque.
Há tormenta no ar.
Chora o negócio das esplanadas que ficaram sombrias.
Só os gelados em bola lambem os beiços gulosos das gentes.
Calou-se o comboio das voltas turísticas daqui até ao cimo do monte.
Bastou um leve clique do sol e tudo ficou do avesso...
Roses, 17 de Agosto de 2018
15h47m
Jlmg
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