Comboio da poesia
Passa à minha porta o comboio da poesia, altas horas da madrugada.
Se não o apanho,
Vem sempre cheio,
a abarrotar,
o da manhã.
Gente sonolenta.
Poesia, lá não vai.
Sento-me à janela,
vendo a lua e as estrelas,
se na noite houver luar.
Espero o nascer do sol
quando a noite acabar.
Revejo a terra colorida,
sob um azul celestial,
a acordar.
Alcanço bosques, clareiras.
Vejo campos, vejo montes,
Casas ermas e ermidas,
seus quintais.
Espalhadas ao deus dará.
Quem me dera lá morar.
Dou nele a volta ao mundo
como o sol ao redor da terra.
Só assim me dá sabor viver,
enquanto da vida arder a chama...
Berlim, 27 de Agosto de 2018
8h01m
Jlmg
Sem comentários:
Enviar um comentário