domingo, 26 de agosto de 2018

Comboio da poesia

Comboio da poesia

Passa à minha porta o comboio da poesia, altas horas da madrugada.
Se não o apanho,
Vem sempre cheio,
a abarrotar,
o da manhã.

Gente sonolenta.
Poesia, lá não vai.

Sento-me à janela,
vendo a lua e as estrelas,
se na noite houver luar.

Espero o nascer do sol
quando a noite acabar.

Revejo a terra colorida,
sob um azul celestial,
a acordar.

Alcanço bosques, clareiras.
Vejo campos, vejo montes,

Casas ermas e ermidas,
seus quintais.
Espalhadas ao deus dará.
Quem me dera lá morar.

Dou nele a volta ao mundo
como o sol ao redor da terra.
Só assim me dá sabor viver,
enquanto da vida arder a chama...

Berlim, 27 de Agosto de 2018
8h01m
Jlmg





Sem comentários:

Enviar um comentário