quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Tudo molhado...

Tudo molhado...

Quis sentar-me a meio da caminhada.
Estava deserto o parque de brinquedos.
Só os dois pares de melros debicavam alheios ao chão molhado.

Não parei.
Foi mais curto o meu passeio.

Não chapinhei nas folhas secas.
Corria água pelos sulcos do caminho.

Estavam negros os troncos e ramos nus.

Pelos passeios largos,
de sacola às costas,
mastigando pão,
seguiam lestos,
tantos alunos.

E, às golfadas,
os autocarros vomitavam gente
que, de amarelo, iam e vinham.

Enquanto, impávidos, os corvos negros debicavam no chão,
sem saber do mundo...

Berlim, 17 de Novembro de 2016
8h41m
JLMG

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