Nevoeiro...
Uma manta espessa de nevoeiro
esconde o céu à terra.
Fez-se o silêncio.
Se calaram todos os sonhos.
Pelas ruas desatinadas apenas as rotinas seguem cegas suas rotinas.
Já não há escaparates de oferendas,
frente aos passeios,
porque se toldaram negros todos os horizontes.
A esperança foi escorraçada a pontapé pelos temores.
Só o sol da fé ainda brilha por dentro dos olhos amordaçados.
Há-de chegar o dia em que seus raios
rasgarão esta cortina pesada e negra
e, de novo, se verá o azul do céu...
ouvindo 2º concerto de Rachmaninov por Hélène Grimaud
Berlim, 25 de Novembro de 2016
8h39m
JLMG
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