quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Nevoeiro...

Nevoeiro...

Uma manta espessa de nevoeiro
esconde o céu à terra.

Fez-se o silêncio.
Se calaram todos os sonhos.

Pelas ruas desatinadas apenas as rotinas seguem cegas suas rotinas.

Já não há escaparates de oferendas,
frente aos passeios,
porque se toldaram negros todos os horizontes.

A esperança foi escorraçada a pontapé pelos temores.

Só o sol da fé ainda brilha por dentro dos olhos amordaçados.

Há-de chegar o dia em que seus raios
rasgarão esta cortina pesada e negra
e, de novo, se verá o azul do céu...

ouvindo 2º concerto de Rachmaninov por Hélène Grimaud

Berlim, 25 de Novembro de 2016
8h39m

JLMG

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