terça-feira, 24 de março de 2015

nada...é por acaso...

nada acontece por acaso...


passa o carteiro e toca a carta.

abre-se a janela e a porta.
se alvoroça o peito.
há tanto, partiu.
a saudade doía...
tanta noite...
tanto dia...
esperando uma carta.

vinda da África distante.

já não foi para a guerra.
como fora o pai...

foi para o trabalho.
sustento.
da vida e do tempo...

porque a terra de perto, estiola.
morre de seca...

Mafra, 24 de Março de 2015
18h45m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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