vigésimo poema na casa nova
lampião com história...
cada dia acende e apaga
pronto na mesma hora.
à esquina ao fundo,
ao pé do rio.
ninguém lá mora.
só os cães vadios
que não têm dono
ou a estudantada à solta
que se embriagou sem regra
pelas noitadas da ribeira.
ninguém lá desce,
pelas escadinhas estreitas
que vêm da cidade.
só as almas penadas
para ouvirem o canto das cotovias.
diz a lenda
que dali partiu um rei sem história,
para a outra vida...
Berlin, 5 de Fevereiro de 2015
17h32m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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