quarta-feira, 18 de março de 2015

madrugada...

saio sempre de madrugada...

como o pescador
que vai para o mar.
sem bússola,
nem carta de marear.

só levo a rede fina
para pescar a maresia.

preciso inspirar o ar
que anda bailando
sobre as ondas.

me inflame as velas
e que meu barco vá
de vento em popa.

me chega um só poema,
seja belo,
mesmo sem rimas...
para eu levar à costa.

quero soltá-lo a bailar ao vento.
seja um regalo lindo
para toda a gente.

quem é que não gosta?...

Berlin, 18 de Março de 2015
8h46m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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