sexta-feira, 27 de março de 2020

Vidraças estilhaçadas

Vidraças estilhaçadas

Se despedaçaram as vidraças das janelas.
Se desmoronaram os muros dos campos e dos quintais.
Uma enxurrada de lama e de entulho estragou as culturas que neles havia.
A vida normal do dia-a-dia especou, terrificada.
Toda a aldeia ficou refém.
Não adiantou tocar os sinos a rebate.
A violência foi demais.
Estarrecidos, se ergueram os clamores.
Só Deus pode acudir a tempo, se o quiser ainda.
Os olhos se viraram para dentro das consciências.
Foi então que se viu o erro das escolhas no viver e no sonhar.
olhou-se mais para a terra do que para os céus.
Tudo será diferente, se ainda houver outro amanhã…

Mafra, 27 de Março de 2020
12h54m
Jlmg

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