Sem sofismas...
Sem sofismas. Falsas promessas ou ameaças.
Se apresentou de repente.
Fez frente aos arrogantes do poder e do capital.
Fez-lhes ver que o dinheiro nunca foi um fim.
Mas sim um meio. E substituível, se houver vontade, pela livre troca.
A moeda é morta. É apenas um sinal.
O digital reduziu-a à expressão mais simples.
O vírus quase a erradicou.
Num instante, despejou todos os alforges dos microsofts e dos ricalhões.
Abanou todas árvores das patacas falsas e odientas.
Despiu-as até à nudez misógena.
Prostrados nos seus leitos, os vilões da massa, clamam pelo socorro dos serviçais da saúde.
Sem clemência, alguns deles pagam caro o seu despotismo devorador.
Ficaram despovoadas todas as pistas da velocidade para os jaguares e mazerattis. Estéreis e nauseabundos.
Cerraram as portas todos os casinos da ganância e ociosidade.
Num ápice, a humanidade estremeceu atónita pelo desengano em que vivia.
Rendida, desfraldou a bandeira branca da impotência.
Ouvindo Schubert: Piano Sonata No.21 / Mitsuko Uchida (1997 Movie Live)
Mafra, 21 de Março de 2020
9h25m
Jlmg
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