quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Nem com Wagner...



Nem com Wagner…


Em vão pedi aos ventos e às ondas do mar duas letras de poesia.
Sedento, orei aos deuses e às ninfas.
Supliquei em preces, chovessem versos ou sistemas.
Baladas doces, ternurentas.
Meu deserto tem sede de oásis.
Me assusta o gelo polar ártico.
As cavernas escuras e os degredos.

Queria voar à solta, sentir a brisa fresca das manhãs de Agosto.
Ouvir ladainhas e promessas sãs.
Inocente refrigério das lamúrias.
Voltar de novo à terra da esperança e da alegria.
Desfraldar a paz com bandeiras do bem-fazer.
Viver de amoras e mel silvestre.
Regar minha alma com o ar puro das florestas.
Adormecer em paz ao tom das Avé-Marias.

Ouvindo Wagner

Berlim, 4 de Dezembro de 2019
8h55m
Jlmg


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