sábado, 28 de dezembro de 2019

Horas amargas


Horas amargas

Nunca mais esquecem as horas amargas da nossa vida.
A mãe ou o pai que se perde no dealbar da esperança.
Um vazio que enegrece o nosso dia-a-dia.
Não é normal.
Não se vem a este mundo para passar por esses momentos.

Um familiar ou grande amigo que se entregou aos longes da emigração, no sonho de melhor viver.
O temor de nunca mais o ver.
A doença que, de repente, avassala o nosso lar ou a família.
O professor primário que deixou de aparecer. Mesmo a cheirar a água-ardente.
Aquela menina bela da Casa da Estrada, a Antoninha, que me escreveu a letra do sermão da comunhão solene que minha memória lembra.


Pinceladas negras no quadro da nossa vida...

Berlim, 28 de Dezembro de 2019
22h50m
Jlmg

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