sábado, 7 de dezembro de 2019

Cataratas da minha terra




Cataratas da minha terra

Que deslumbramento, ali escondido,
Entre rochosas encostas montanhosas!
Corre ao fundo, um ribeiro sinuoso.
Soluçando das cambalhotas que sofreu atrás.
Vou no encalço dele até à sua fonte
E fico espantado.
Suas águas escorrem em catadupa,
Fervendo espuma branca,
Por uma garganta funda e pedregosa,
Entre duas montanhas.    
Luta titânica da natureza,
Reclamando seu equilíbrio ancestral.
Acabou em paz tamanha refrega.
Por isso, agora, saltita alegre o ribeirito,
Regando as terras virgens de verdura fértil,
Que tudo converte em vinho e pão.

Saúdam-no festivamente, os cavadores,
De enxada em punho,
Orientando as regas até às raízes.
Quadro belo que Agosto traz.

Ouvindo Schubert
Berlim, 7 de Dezembro de 2019
9h27m
Jlmg




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