Em surdina
Passo pelo meio de casas na aldeia em
silêncio.
Luzes acesas nas janelas.
Portas e portões cerrados nos lares.
É noite. Na hora viva da refeição.
Saem serenas as notas lânguidas dum
piano triste.
Parecem chorar tempos de saudade.
Pingam gotas de melodia entristecida.
Condizem com a tristeza que me afecta
a alma.
Meu pensamento paira em horas de meu
passado.
Quando, em minha casa, de vez, se apagou a chama que dava cor e vida à vida.
Era ela a luz que nos dava calor à alma.
O seio donde nascêramos irmãos num
lar onde reinava a paz e a harmonia…
Berlim, 6 de Dezembro de 2019
14h44m
Jlmg
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