terça-feira, 10 de julho de 2018

Lembrando o Porto passado...

O Porto de outrora


Corria mofo e águas mortas pelas valetas da cidade.
Pelas paredes deslavadas escorria a escuridão.
E os trapos negros que sobravam jaziam aos montes pelos cantos das ruas estreitas e sinuosas.
Pelas ruas entristecidas deambulavam as prostitutas ofertando os seus corpos pelo pão.
A toda a hora caíam badaladas de sinos e sinetas espalhadas das igrejas perdidas nas encostas e barredos.
Apelando as almas esfaimadas para o jejum e abstinência.
Era o tempo invertido da injustiça.
Quando só os ricos se amesentavam na opulência dos seus palácios.
Assim era o Porto na cidade que o rio banhava d’oiro enraivecido.
Até ao dia fulgurante da liberdade, quando o progresso e mais justiça ali chegaram de mãos dadas.
Assim era o Porto tripeiro naqueles tempos, quem diria?…
Mafra, 10 de Julho de 2018
8h50m
Jlmg

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