sexta-feira, 6 de julho de 2018

Gamela da palha seca
Elevada sobre a mata onde pastam os cavalos e esvoaça a passarada, sem rumo certo,
Se oferece permanente como mesa pronta, ofertando só o que lhe dão para dar.
Ali acodem em liberdade, sem descontos para o fisco ou previdência,
a regalarem os seus bicos ou para variarem a sua ementa.
É sempre assim, nas minhas ausências.
Tão fácil imaginá-los.
Esvoaçando suas asas ou brandindo ao vento suas crinas.
De vez em quando há brigas e contendas entre eles,
Mas não destroem a paz e a liberdade…
Mafra, 6 de Julho de 2018
7h50m
Jlmg
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Ao nascer do dia…
É a vida que se renova.
O descanso regenerou-nos as forças e energias.
A majestade solene do nascer do dia, com sol ou não, assombra a nossa mente e nos impele para a beleza.
Despertam em nós as boas tendências, por bem, inscritas pela natureza.
Conforme o talento de cada um.
Escrever, pintar, musicar ou operar na oficina.
Tudo artes da nossa forja.
Neste momento, um grande clarão de luz decora a tapada à minha frente.
Apontando a imensidão dos céus.
Como o limite da nossa existência.
Uma dezena de cavalos viçosos já se entrega à sua sorte de mesa posta, em plena liberdade.
Eu, aqui, oiço as notas veementes dum piano habilidoso, pelas mãos duma pianista, quebrando em cacos toda a minha indiferença…
Ouvindo “Fantasias de Mendelssohn”
Mafra, 6 de Julho de 2018
7h6m
Jlmg

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