domingo, 27 de agosto de 2017

Meu casebre nu...

Meu casebre nu…
Aquele rio breve,
Do meu casebre eu vejo,
Corre tão sereno,
Me adormece vê-lo.
É o meu encanto,
Desde as horas longe.
Me chama sempre,
Ao amanhecer da aurora.
Tantos pardais lá moram,
Sob o dossel de folhas.
Como são felizes,
A espreitar dos ninhos,
Enquanto os seus filhinhos 
Dormem a sono solto.
Aquele regato verde
Que de prata veste,
Sabe os segredos todos
Que lhe contei menino
E afogou no mar.
Com saudades lembro
Aquelas tardes quentes,
Tirava as minhas vestes
E, nas suas águas puras,
Me banhava nu como o meu casebre…
Mafra, 27 de Agosto de 2017
11h48m
Jlmg

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