terça-feira, 22 de agosto de 2017

Ardem tensos...



Ardem tensos…

Ardem tensos estes nervos de papel.
Fervem secos os meus sonhos inquinados.
Quem os salva é a poesia.
Um mar a arder. Suave e belo.
Em chama permanente.

A fonte é pura.
Vem do fundo em lufadas frescas.
Iluminam e acalentam como brisa.

São de cera as minhas penas.
Derretem ao sol de inverno.
Lavei no mar as minhas mágoas.
Enxugo ao vento e saro ao sol as minhas feridas…

Café Castelão em Mafra, 22 de Agosto de 2017
19h25m

Jlmg

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