quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Fogoso fio de água...

Fogoso fio de água...

Fogoso fio de água se desprendeu das fragas altas da montanha,
saltando pedras e cavando sulcos,
vem sedento, vem faminto,
se alarga na extensa planície.

Duas margens o seguram e o prendem.
Simula o sono, por debaixo dos arbusto.
De repente, se desprende num voo louco,
se precipita no abismo e, moribundo, fica exangue.
Pelas encostas e veredas, descem bandos de famintos.
Ora cabras ora vacas.
Se embebedam e refrescam
de água fresca.
Voltam fortes e agradecem ao amigo sempre pronto
Em ledas horas de descanso.
ouvindo concerto para violino e orquestra de Sibellius, por Sarah Schang
Café Castelão, 30 de Agosto de 2017
10h2m
Jlmg

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