quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Tinjo-me de negro

Tinjo-me de negro...

Fico invisível.
Tinjo-me de negro
E mergulho na escuridão.

Fico a observar esta magna assistência anónima
Que vai passando atarefada,
Na luta extrema da sobrevivência.
Nenhum ideal.
Não lhe resta nada para viver
Como gostava.

Que engrenagem fosca e estéril
A espreme
Sem deitar nada.
Que sujeição.

Quando chegar o fim,
Se perguntarão:
Afinal, para quê viver?

Mafra, 1 de Setembro de 2016
19h17m

Jlmg

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