Chuva de sons...
No café aceso.
Chovem do ar
o tilintar das chávenas,
a máquina do café,
a música de fundo
e as vozes humanas.
Uma orquestra sem dono,
atravessa os ouvidos
e anestesia o tempo.
Se pasa a manhã,
esperando o almoço.
Navega-se na net
e tenta-se a escrita.
A chuva que cai.
Passam os carros,
esparzindo nas rodas.
Abrem-se as portas
dos bancos e lojas
que estiveram paradas.
Formigueiro de gente
que vai e que passa.
Escorrem as horas,
sugando a vida
que é escassa.
Passam as décadas.
Caem as folhas.
Os verões no sertão
e invernos de frio.
Ninguém inventou.
Foi assim que ficou...
Bar "Castelão" em Mafra 6 de Março de 2017
9h02m
Jlmg
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