Assustado. Não aflito…
Ressoam toadas surdas de silêncio.
De fúria, brame e brame o mar irado.
Sigo na minha praia, pisando o chão.
Olho o céu. Fito ao longe.
Pode ser que venha uma vaga lá do fundo.
Rebente o gelo.
Deste silêncio cru.
Quente, meu peito arfa, de cansaço avesso.
Retino as cordas do meu estro sarapantado.
Uma aragem suave vem.
Me anuncia breve.
Como sabe bem o reencontro.
Rever o céu azul e cantar o louvor dum clarim.
Apagar a sede na fonte perene da calmaria.
É certo e inesgotável quem a alimenta…
Ouvindo Hélène Grimaud tocando Brahms
Berlim, 30 de Janeiro de 2020
11h25m
Jlmg
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