Crepúsculo das paixões
Da parte delirante das paixões, depressa, se desce para o vale sombrio das lamentações.
A rampa é estreita e afunilada.
Cada vez mais sós.
Mal irá se não se ocupa logo o lugar da outra.
Não mais esquecem as paixões da infância.
Aquela amizade preferencial durante a escola.
Era uma rosa vermelha a filha do vizinho.
Irradiava sol escaldante durante as férias.
O priminho brasileiro que veio de férias às suas raízes.
Era um encanto ouvi-lo falar.
O ciclone no 15 de Agosto na Santa Quitéria.
O que ele ria a contar à prima Laurinda.
Num repente, o arraial ficou despedaçado, com o vento e a chuvada.
Nunca mais o vi.
Será avô como eu sou...
Berlim, 26 de Outubro de 2019
13h20m
Jlmg
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